- WC privativa com duche
- Secador de cabelo - TV LCD (cabo) e internet (cabo e wi-fi) - Kitchenette - Isolamento acústico - Roupeiro - Varanda para a rua Capacidade: 2 adultos |
Casa Teresa de LeãoNo século XI, Teresa de Leão, filha bastarda do rei Afonso VI de Leão e Castela, que foi criada pela sua mãe e avô, acabaria por ser entregue em casamento pelo seu pai a Henrique de Borgonha, um nobre francês que por diversas vezes auxiliou Afonso VI na guerra da reconquista contra os mouros.
Como dote de casamento o rei oferece ao jovem casal (Teresa de Leão tinha 13 anos e Henrique 24) o Condado de Portucale, território compreendido entre os rios Minho e Vouga. Desta união nasce, em 1111, aquele que viria a tornar-se o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Depois da morte do seu marido, D. Teresa chama a si o governo do condado sob a forma de regência em nome do seu filho, apegando-se demasiado ao poder e chegando mesmo a auto-proclamar-se rainha. Contudo, por essa altura D. Teresa vê-se na contingência de se defender dos ataques da sua meia-irmã D. Urraca, Rainha de Castela e Leão, que pretendia reclamar para si o Condado de Portucale. As forças de Castela e Leão derrotaram facilmente o exército de Teresa de Leão que acabaria cercada no Castelo de Lanhoso. Pese embora a sua posição de inferioridade, e num golpe de génio, a regente conseguiu ainda negociar aquele que ficaria para a história como o Tratado de Lanhoso pelo qual salvou o seu governo do Condado Portucalense. Passada esta crise Teresa de Leão volta a sua atenção para uma aliança com Fernão Peres, conde de Trava, um galego que também olhava para o condado com ambição expansionista. Esta relação fez com que os nobres portugueses e o seu próprio filho, Afonso Henriques, se revoltassem contra D. Teresa, situação que se agravou quando esta se recusou a entregar o governo ao infante que atingira a maioridade. Teresa exercera a regência do Condado Portucalense durante a menoridade de D. Afonso Henriques. Mas em 1122, sob a orientação do arcebispo Paio Mendes de Braga, Afonso pretendeu assegurar o seu domínio no condado e armou-se cavaleiro em Tui. Pouco tardaria então a guerra aberta entre Afonso Henriques e a sua mãe, D. Teresa, uma disputa que terminaria em 1128, com a batalha de São Mamede a 24 de Junho (dia 1 de Portugal). As forças de D. Henrique derrotam estrondosamente os homens de D. Teresa, obrigando-a a entregar definitivamente o governo ao filho. Obrigada desse modo a deixar a governação, alguns autores defendem que foi detida pelo próprio filho no Castelo de Lanhoso ou se exilou num convento na Póvoa do Lanhoso, onde veio a falecer em 1130. Modernamente, depreende-se que após a batalha e já em fuga, ela e o conde Fernão Peres foram aprisionados e expulsos de Portugal. D. Teresa teria falecido na Galiza. Os seus restos mortais foram trazidos mais tarde, por ordem expressa do seu filho já rei Afonso I de Portugal, para a Sé de Braga, onde ainda hoje repousam junto ao túmulo de seu marido, o conde D. Henrique. Foi graças às suas acções que o pequeno Condado de Portucale resistiu durante anos ao assédio castelhano, criando e mantendo uma identidade que viria a resultar na independência e na criação de um novo país. |